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6 de março de 2009

Ciência ou dogmas? Qual a decisão acertada?

Nesta semana foi - ainda é - grande a polêmica em torno do caso da decisão do arcebispo  em "excomungar" da igreja profissionais da saúde  - médicos - por realizar  aborto numa menina de 9 anos,  grávida do padrasto, no entanto e antes de  me manifestar sobre procurei refletir e compreender a ação do  arcebisbo  e  a ação -  bem pensada - de tais profissionais da saúde.
Sou educadora e mãe de menina, então, em primeiro lugar, coloquei-me no lugar da mãe dessa criança e o que faria no lugar dela, após esta reflexão eu pensei como educadora e relacionei a ação dos médicos e do arcebispo.
Médicos procuram tomar decisões e realizar ações baseadas em experiências, reflexões, estudos de casos, ou seja são pensadas e analisadas, pois, são cientistas.
No caso do arcebispo, ele pensou sim, mas baseado em dogmas, em certezas "irrefutáveis", "imutáveis", ao contrário da ciência onde certezas não existem, sim ações baseadas em experiências e estudos.
As certezas tornam as pessoas moralistas e não morais, ou seja, incapazes de discernir.
Há poucos dias li um artigo do Dr. Drauzio Varella, em que ele diz ser visível a dificuldade do ser humano em aceitar fatos científicos e que isso já acontece na infância quando é inculcado fatos, acontecimentos , certezas e eu diria dogmas em sua mente.
Digo tudo isso para que observem e reflitam que quando o pensamento, desde criança, é formado com certezas a mente perde a capacidade de refletir, analisar, experimentar, investigar e tudo mais que um cientista faz para tirar suas conclusões e tomar decisões acertadas.
Nínguém precisa ser cientista para saber  que uma criança de nove anos corre risco de vida com uma gravidez, é  só retornar à infância e recordar quando tinha nove anos, um corpo frágil, a inocência, a criatividade em flor...
Por isso concordo com Dr. Drauzio que a criança tem que investigar, experimentar como faz um cientista, ser questionada e respeitada em suas  intuições e reflexões, pois como diz Rubem Alves criança tem que brincar pra enfrentar desafios e saber superá-los por si próprias, para tornar-se  adultos bons  e saber tomar decisões acertadas e altruístas.
Ter Deus é bom?
É  o Princípio e  Fim de todas as coisas e por isso penso que é preciso investigar, refletir, analisar para tomar decisões de acordo com seus designios, SER BOM E CORRETO.
 E ambos, padrasto e  arcebispo, ainda vivem na época da inquisição, onde queimavam heróis e estupravam as crianças.

2 comentários:

Anônimo disse...

No século XIX Karl Marx já sugeria que a religião deveria ser substiruída pela razão. Embora eu não seja ateu duvido que a igreja católica e, também, o protestantismo que pilha o dinheirinho suado dos fiés tenha representado Deus em algum momento.

Cris Vieira disse...

A investigação, a reflexão é importante pra tudo, inclusive entender Deus.
Por isso defendo favorecer estes hábitos desde criança, pois colabora a formar pessoas mais éticas.

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